Como atenuar a sensação de urgência em viver
Por Letícia Machado I Psicóloga
Olá, sou Letícia Machado, Psicóloga, especialista em Psicologia do Envelhecimento, apaixonada por organização, escritora aqui no Blog da Art Wall e hoje trago aqui possibilidades para lhe ajudar em sua busca interna de atenuar a sensação de urgência em viver.
Pandemia e a sensação de urgência
Oi, Como tem passado? Tempo voando por aí também?
Pois bem, iniciamos junho e seguimos em tempos pandêmicos.
Nos últimos meses tenho escutado de muitas pessoas entre pacientes, familiares e amigos, de estarem sentindo uma sensação de querer viver, como uma necessidade de querer e sentir ser necessário na sua vida, vivê-la em sua intensidade.
Freud diz que o desejo vem da falta. E em tempos de escassez de segurança para sair a rua, de frequentar locais com aglomerações, distanciamento social, restrição ao contato físico, o desejo de estar entre amigos, de festejar, de viajar, abraçar e beijar quem se gosta tem sido talvez, o maior desejo da maioria das pessoas Brasil à fora.
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Foto de Matilda Wormwood de Pexels
Chamadas de vídeo para manter contato
A parte positiva de toda essa falta tem sido a oportunidade de nos fazermos presentes e estarmos juntos através da internet e assim conseguimos nos manter “conectados” por meio dos aplicativos de videoconferências e mensagens. Exercendo o convívio social, atividades de trabalho e minimamente algum contato “face a face” sem máscara.
Todas essas modificações que sofremos em nossas rotinas, em alguns momentos me traz a sensação de estarmos vivendo praticamente em um setting de gravação, como em um filme, sabe?
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Tenha prazer na sua rotina
Aos que se propõem a sair no piloto automático e observar ao redor, contemplar as maravilhas escondidas em nossos dias, como por exemplo, poder acordar e fazer diferente e melhor do que ontem, o sorriso de um filho, ou de alguém querido, e poder conversar com as pessoas que convive em sua casa.
Abrindo espaço para olharmos para a velocidade com que levamos as nossas vidas. Do excesso de ego, de informação e compras.
Perguntas pertinentes em tempos de pandemia
Abrindo a possibilidade de desacelerar e organizar a sua rotina tendo como forte o que verdadeiramente se deseja e com flexibilidade no agir. Com isso me surge algumas perguntas para contribuir em sua reflexão:
O que realmente você tem esperado conquistar em sua vida? Como tem construído a sua vida?
Tem se sentido assim em algum momento? Urgência de estar mais conectado com a natureza (interna e externa), passar mais tempo na companhia de quem amamos, urgência de estar mais presente em si e com os outros?
Segue algumas possibilidades para lhe ajudar em sua busca interna de atenuar a sensação de urgência em viver:
-Busque desacelerar e organizar sua rotina (com menor foco no controle e flexibilidade).
- Busque o autoconhecimento; compreender a si, e os motivos que lhe causa irritabilidade, ansiedade e a necessidade de viver.
-Observe os sinais do seu próprio corpo. Tantos os fisiológicos (ex: sono, fome, sede etc) como as sensações corporais
-Se for preciso busque ajuda profissional.
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Afinal, não temos como manipular o tempo e acelerar o ritmo da vida e para isso é preciso desenvolvermos a paciência e assim viver conseguindo contemplar ao seu redor.
Calma, eu sei que controlar a ansiedade e o estresse não é tarefa simples, mas o primeiro passo nessa caminhada exige alguns esforços.
Aos que se dispõem a enxergar além do seu piloto automático e realizar a conexão com sua natureza (interna e externa) as chances de ao final da pandemia do coronavírus, tendo alcançado aprendizado junto aos seus propósitos de vida, desenvolvendo a empatia e a expansão do que realmente se faz necessário e importante em sua vida.
Até porque, como dizia Freud: “Devemos começar a amar a fim de não adoecermos e estamos destinados a cair doentes se, em consequência de frustrações formos incapazes de amar.”
Excelente mês de junho para você,
Até a próxima,
Letícia Machado.
Os artigos publicados neste blog expõem o pensamento de seus autores sobre um determinado tema de interesse público, sendo da responsabilidade de cada autor o conteúdo aqui veiculado.
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